Yuka tinha um jeito espontâneo, uma voz doce e um olhar misterioso. Contudo por mais extrovertida que fosse, guardava em sua alma a sete chaves um segredo que não revelaria nem para mim.
Tentava não prestar atenção a sua beleza peculiar, ainda que em vão. Ela era nova na cidade de Havens way, e também pelo fato de estar sozinha, ofereci a ela meus serviços de guia e protetor. Dentro de pouco tempo tornei-me seu guardião, amigo e mais íntimo confidente.
Certa noite, quando estávamos a beira do lago olhando as estrelas, eu perguntei:
O que é que tens, joven Senhorita? Que sombra te espreita, a ponto de angustiar-te e roubar o seu sorriso?
Compartilhe comigo o teu fardo. Tenho por certo que se tornará mais leve...
Ela olhou para mim com um olhar tão profundo e triste. E ofegando afirmou:
Por mais que eu queira, não sei se entenderia...
Eu, possuo uma maldição.
Certamente que não deve ser tão grave, refutei.
É verdade! Eu sou amaldiçoada! Ainda que não creias essa é a verdade.
Deia minha alma à...
A mim!
Olhamos para trás e vimos a figura de um guerreiro. Mas não era um guerreiro comum, pois possuia um rosto tão ediondo quanto o seu cheiro de enxofre.
Então, linda Yuka. Essa é a hora de dizer adeus! Háhaáhá!
Quem é ele?,perguntei.
Seu nome é Tormenta! Esse é o meu segredo!
Em troca da felicidade, vendi minh'alma a ele. Contudo ele só me trouxe dor e desilusão...
O monsntro caminhou em nossa direção. Deu três passos e parou. Olhou para mi e com os ohos fez um desafio.
Logo, empunhei minha espada. E corri em sua direção.
Sim, eu me lembro. Desferi CINCO golpes perfeitos. Entretanto, não o suficiente.
Tormeta ainda de pé deu um sorriso para mim, e com um único movimento perfurou-me o abdômen.
Eu sangrava, e sentia uma dor tão aguda, dor como nunca havia sentido antes. Já havia combatido e me ferido dezenas de vezes, porém esse ferimento embora na barriga, parecia que atingia meu coração.
Cai emudecido, mas conciênte.
Ele caminhou até ela. E antes que eu pudesse fazer alguma coisa ele a transpassou com a sua espada e lançou-a sobre os seus ombros. Ela olhava para mim, como quem dizia você tentou, mas eu sabia que não tinha jeito.
Antes de ir, Tormenta olhou para mim e disse:
Se realmente quiser ela de volta, terá que me vencer. Afinal ela ainda me é útil...
Se em três mêses vocÊ conceguir me derrotar, libertará a alma delá e enfim a terá de volta. Contudo se eu te vencer... Bem, você saberá! Háháhá...
Sete horas depois, uma caravana de mercadores passou por ali. Alguém me levou para uma tenda e assim me salvou da morte.
Durante toda a noite sonhei com ela. E pela manhã quando acordei, cingime e fui rumo ao norte, começar uma jornada.
Dentro de três meses ela estará livre e Tormenta vai desejar nunca te cruzado o meu caminho.
Continua...