sexta-feira, 24 de outubro de 2008

E seu quissese falar com Deus?



Gostei desse texto.

Texto para um tempo de fundamentalismos, de sectarismos,de intolerâncias, de condenações...

Engana-se quem pensa que Deus está guardado nas sólidas paredes das doutrinas eclesiásticas. Ele espia nas frestas dos dogmas e seu olhar ilumina a vida....
Engana-se quem pensa que Deus está nas certezas inabaláveis capazes de ter sempre uma resposta pronta. Ele está na dúvida que provoca o pensar e desperta o agir mesmo incerto...
Engana-se quem pensa que Deus está nas convicções que provocam a intolerância. Ele está no respeito ao diferente e no compungir do coração que impele ao gesto de amor...
Engana-se quem pensa que Deus é uma peça da burocracia de qualquer culto e está bitolado pela compreensão das autoridades. Ele se ri do lado de fora das reuniões solenes e brinca com as crianças que não puderam entrar para não atrapalhar a cerimônia...
Engana-se quem pensa que Deus está nos mais corretos preceitos da moral e condena qualquer que deles se desviar. Ele está no acolhimento de todos e no amor apesar de...
Engana-se quem pensa que Deus compactua com os que pagam para serem reconhecidos como religiosos e no coração tem uma pedra. Ele está nos que não têm nada para dar e esperam por Ele como última tábua de salvação...
Engana-se quem pensa que Deus participa dos conselhos dos notáveis, que decretam a morte calculada com cifras tidas por estéreis. Ele está nos famintos de pão e de sentido e é encontrado nos lugares menos esperados...

Ele não está no monólito frio, mas na onda incessante que sempre chega...Ele não está no furacão insensível, mas na brisa que refresca...Ele não está na secura do deserto, mas no cacto que o resiste à aridez...Ele não está na barragem que desvia o rio, mas no fluir alegre da água...Ele não está no abismo que interrompe a marcha, mas na ponte que convida à outra margem...Ele não está na escuridão que infunde medo, mas na claridade que prenuncia mais uma aurora...Ele não está no espinho que fere, mas na flor que alimenta o pássaro de néctar e os olhos de beleza...Ele não está na repreensão que destrói, mas na palavra amiga que orienta...Ele não está na cara amarrada que condena, mas no sorriso afável que acolhe...Ele não está na pose arrogante que separa, mas na simplicidade que aproxima...Ele não está na ironia sarcástica que rejeita, mas na compreensão solidária que dialoga...Ele não está no desprezo que anula, mas no incentivo que sustenta...Ele não está no orgulho que desdenha, mas na humildade que cativa...Ele não está na correção que faz colocar-se ‘no seu lugar’, mas na advertência respeitosa que constrói parceria...
Em fim, Ele não está no Todo Poderoso inatingível, mas no homem Jesus, o Cristo ressuscitado!
E no entanto, Ele pode ser doutrina e monólito e repreensão ou estar em tudo o de que se disse que Ele não está, ou ser tudo o que se disse que não é, porém sem ferir ou magoar ninguém...
A Ele, pois, cabe o Poder a Honra e a Glória, para todo o sempre! E a nós, segui-lo...

Rev. Luiz Eduardo Prates da Silva é da Pastoral Universitária e Escolar da Universidade Metodista de São Paulo

Extraído do site: http://www.cristianismocriativo.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=223&Itemid=70


Jesus Salva!

sábado, 29 de setembro de 2007

Alma - O desafio

Era incrível, parece que tudo o que sempre quis se resumiu em simplismente um olhar. Ela falava e sem perceber ia me seduzindo, prendendo minha atenção. Nunca pensei que fosse encontrar tudo o que esperava nela.
Yuka tinha um jeito espontâneo, uma voz doce e um olhar misterioso. Contudo por mais extrovertida que fosse, guardava em sua alma a sete chaves um segredo que não revelaria nem para mim.
Tentava não prestar atenção a sua beleza peculiar, ainda que em vão. Ela era nova na cidade de Havens way, e também pelo fato de estar sozinha, ofereci a ela meus serviços de guia e protetor. Dentro de pouco tempo tornei-me seu guardião, amigo e mais íntimo confidente.
Certa noite, quando estávamos a beira do lago olhando as estrelas, eu perguntei:
O que é que tens, joven Senhorita? Que sombra te espreita, a ponto de angustiar-te e roubar o seu sorriso?
Compartilhe comigo o teu fardo. Tenho por certo que se tornará mais leve...
Ela olhou para mim com um olhar tão profundo e triste. E ofegando afirmou:
Por mais que eu queira, não sei se entenderia...
Eu, possuo uma maldição.
Certamente que não deve ser tão grave, refutei.
É verdade! Eu sou amaldiçoada! Ainda que não creias essa é a verdade.
Deia minha alma à...
A mim!
Olhamos para trás e vimos a figura de um guerreiro. Mas não era um guerreiro comum, pois possuia um rosto tão ediondo quanto o seu cheiro de enxofre.
Então, linda Yuka. Essa é a hora de dizer adeus! Háhaáhá!
Quem é ele?,perguntei.
Seu nome é Tormenta! Esse é o meu segredo!
Em troca da felicidade, vendi minh'alma a ele. Contudo ele só me trouxe dor e desilusão...
O monsntro caminhou em nossa direção. Deu três passos e parou. Olhou para mi e com os ohos fez um desafio.
Logo, empunhei minha espada. E corri em sua direção.
Sim, eu me lembro. Desferi CINCO golpes perfeitos. Entretanto, não o suficiente.
Tormeta ainda de pé deu um sorriso para mim, e com um único movimento perfurou-me o abdômen.
Eu sangrava, e sentia uma dor tão aguda, dor como nunca havia sentido antes. Já havia combatido e me ferido dezenas de vezes, porém esse ferimento embora na barriga, parecia que atingia meu coração.
Cai emudecido, mas conciênte.
Ele caminhou até ela. E antes que eu pudesse fazer alguma coisa ele a transpassou com a sua espada e lançou-a sobre os seus ombros. Ela olhava para mim, como quem dizia você tentou, mas eu sabia que não tinha jeito.
Antes de ir, Tormenta olhou para mim e disse:
Se realmente quiser ela de volta, terá que me vencer. Afinal ela ainda me é útil...
Se em três mêses vocÊ conceguir me derrotar, libertará a alma delá e enfim a terá de volta. Contudo se eu te vencer... Bem, você saberá! Háháhá...
Sete horas depois, uma caravana de mercadores passou por ali. Alguém me levou para uma tenda e assim me salvou da morte.
Durante toda a noite sonhei com ela. E pela manhã quando acordei, cingime e fui rumo ao norte, começar uma jornada.
Dentro de três meses ela estará livre e Tormenta vai desejar nunca te cruzado o meu caminho.
Continua...

sábado, 25 de agosto de 2007

Época de provas

Em função da época de provas, testes, trabalhos e ENEM( perae eu não vou fazer...), o blog vai fikr meio parado. Fiquem com Deus!

sábado, 18 de agosto de 2007

Pagode, hamburguer e pão françês-parte1

Era sexta feira. Na verdade era "The sexta-feira", o dia 'S'!!! Enfim, o relógio já marcava 20:30 e minha mãe me chamou, dizendo que como era sexta não haveria jantar, o que é comum na minha casa pois não costumamos jantar aos fins de semana. Ela me mandou ir ao mercado e comprar pão e hamburguer, e aconselhou-me a ir rápido, pois o mercado fecha ás 21:00.
Fui até o meu quarto e desliguei o computador, vesti uma camisa e sai em direção a minha busca(sem pedir a benção da minha mãe).
Cheguei ao mercado ás 20:40, e fui até a seção de congelados, lá peguei uns seis hamburguers coloquei em uma sacola e levei até o setor do açougue para pesar, até aí tudo bem! Quer dizer eu pensava que estava tudo bem, até chegar no açougue, pois quando eu cheguei lá me deparei com uma fila miserável! Pensei comigo mesmo: "Ai,ai.. isso vai ser mais difícil do que eu pensava."
Fiquei lá, parado enfrente a fila sem saber o que fazer. Logo as pessoas da fila começaram a olhar para mim, o que me trouxe de volta a realidade. Resolvi ir buscar o pãozinho, crendo na minha inocência e pequenez que a fila misteriosamente poderia desaparecer quando eu voltasse.
E lá fui eu pra a seção da padaria, isso já era 20:45. Quando eu cheguei lá me deparei com outra fila, porém essa era menor, tinha uma meia dúzia de pessoas. Entrei na fila pedindo a Deus para não demorar, mas o que me preocupava mesmo era a fila do açougue. E se eu saísse dali e a fila não tivesse diminuído?! Ou pior e se desse nove horas e o pessoal do mercado me convidasse a sair?!
Senhor, me desculpe mas o senhor vai ter que se retirar pois estamos fechando o mercado! Eu respondi: "Peraí, eu ainda tenho que pesar o hamburguer!", "Lamento.." o segurança disse. Eu não vou sair não!, repliquei. Se o senhor não abaixar o tom de voz, serei obrigado a chamar a polícia! Então chama!, gritei.
Aí eu voltei a realidade com a mulher do pão perguntando: " Quantos pães meu lindo?'. Hã? respondi. Quantos pães ela disse. Seis, por favor!
Sai da fila ainda meio aéreo e vi uma menininha com lágrimas nos olhos que estava empurrando um carrinho de mercado. Devia ter uns 7 ou 8 anos. Meninas não deviam chorar pensei. Afinal, é tão triste ver alguém chorar, quanto mais uma mulher.
Voltei a fila da carne mas quando lá cheguei qual foi a minha surpresa? A fila parecia ter aumentado! E nisso já eram 20:53.
Entrei na fila e fiquei conversando com o Ruy (meu alter ego), já que o jeito era esperar.
Isso só acontece com vc hein! , disse Ruy. Pois é eu acho que foi pq eu não pedi a benção para a minha mãe, como costumo fazer. Ih! Olha aquela mina ali, que gracinha... q que vc acha? Normal, eu respondi. Prefiro aquela morena! Xiiiiiii...... olha de novo, ela tem namorado. Aff..
E por falar em aff... que barulho é esse?! " Ai meu Deus!' exclamou Ruy, é pagode!
Eh! Agora o bagulho ficou doido!, disse ele em tom de escárnio.

Continua...

domingo, 12 de agosto de 2007

Resurreição

Esse texto estava no meu antigo blog, então eu resolvi resgata-lo. Logo os direitos autorais são meus e eu não preciso pagar pra mim mesmo.
Boa leitura!

Eu estava sentado de frente para o balcão, fitando com certa perplexidade aquela caneca de chopp. E pensando comigo mesmo como um líquido tão singelo, de um dourado singular e hipnotizante, pode destruir completamente uma vida de tanto esforço, muitos anos de trabalho, e de um matrimônio que até então parecia sólido e estável.Lembrei-me dos momentos felizes que passei ao lado de Sandra e lentamente levei o cigarro aceso até meus lábios. Parei, olhei para aquele pedaço de papel barato que levava consigo alcatrão, acetona, veneno para matar barata , um pouco de erva e Deus sabe-lá o quê. E tentei refletir o quê me levava a fumar aquilo.Meu Deus, eu que sempre detestei isso... Deus... Deus... É quanto tempo!Olhei para cima, e tomado por uma certa nostalgia, senti uma lágrima rolar rosto abaixo. Naquele momento senti algo que não sentia há muito tempo, algo diferente da tristeza e do pesar que normalmente me acompanhavam, diferente do medo e da presença da morte que me visitava de madrugada. Era algo que eu só posso descrever como sublime, celeste.Porém rapidamente essa presença se transformou em um fardo pesado e bastante conhecido meu. Senti gosto de sangue na minha boca. E antes que pudesse pensar alguma coisa ouvi um grito infernal que vinha de algum lugar naquela praça de alimentação lotada. Olhei ao meu redor meio perdido, e comecei a ficar tonto; aquela voz gritava dentro da minha mente, me consumia. De repente senti uma pressão em meu peito que só fazia aumentar. Pensei que fosse morrer, mas vi no meio de um aglomerado de pessoas uma figura que despertou em mim um misto de fúria e loucura. Era um ser desfigurado, com poucos fios de cabelos e com o corpo carbonizado que estava agarrado a uma mulher, urrando como se fosse um leão que tenta se auto confirmar em seus domínios.Quase que por instinto sai correndo em direção dele, abrindo caminho em meio a uma multidão assustada. Quando cheguei defronte aquela mulher, pus minhas mãos sobre sua cabeça e tentei domina-la, mesmo que parecesse impossível. Ela com uma única mão me empurrou para longe, lançando-me no meio da multidão. Então me levantei, e ela disse:"O que você pensa que está fazendo? Acha que pode comigo malditoooooo!!!!!"Olhei bem para seus olhos e disse:"Eu te repreendo em nome de Jesus! Sai dela!"Ela olhou ao redor e começou a gargalhar e urrar. E espumando voltou-se para mim e falou:"Quem você pensa que é! Acredita ter moral para me repreender?Você é um maldito adúltero, um alcoólatra, um miserável traidoooooooooorrrrrrrr!!!!!!!!!! Pastorzinho de booooooosta!!!"Todos voltaram seus olhos para mim, assustados, perplexos."Ele é um desviado!!! Bíblia falso!!! Traidorrrrrrrrrr!!!"Gritava olhando para a multidão.Naquela hora eu engoli a última gota de amor próprio que me restava e andei na direção dela."Você é um desviado! Não pode me repreender! Miserável! Há, há, há..."Eu fitei seus olhos, estiquei minha mão em sua direção e falei:" Eu estou desviado, é verdade! Mas o meu Deus não está! O Senhor te repreenda! Sai dela agoraaaaaaaaaa!!!!!!"A mulher caiu no chão, e eu vi um sombra correr por entre a multidão. Alguns minutos depois ela recobrou a consciência, eu estava assistindo tudo de longe agora. Não queria ninguém atrás de mim, pedindo explicações.Andei em direção a saída principal do shopping, quando cheguei na porta olhei para a esquerda e vi uma lata de lixo. Enfiei a mão no bolso de trás da minha calça e apanhei o maço de Gudam, já amaçado. Joguei ele no lixo dei de ombros e fui embora.Olhei para o céu e novamente uma lágrima caiu dos meus olhos. Ainda fitando o céu disse baixinho:" Obrigado por se lembrar de mim..."Desde então percebi que havia voltado a ativa. E estava disposto a tudo para reconquistar o que me tomaram. Disposto a tudo...