quinta-feira, 22 de abril de 2010

A Verdade sobre "São Jorge"

O que diz a história?

De acordo com a história, Jorge de Anicii teria nascido na antiga Capadócia, região do sudeste da Anatólia que, atualmente, faz parte da República da Turquia. Converteu-se a Cristo ainda na infância. Ainda criança, mudou-se para a Palestina com sua mãe após seu pai morrer em batalha. Sua mãe, ela própria originária da Palestina, Lida, possuía muitos bens e o educou com esmero. Ao atingir a adolescência, Jorge entrou para a carreira das armas, por ser a que mais satisfazia à sua natural índole combativa. Logo foi promovido a capitão do exército romano devido a sua dedicação e habilidade — qualidades que levaram o imperador a lhe conferir o título de conde da Capadócia. Aos 23 anos passou a residir na corte imperial em Roma, exercendo a função deTribuno Militar.

Nesse tempo sua mãe faleceu e ele, tomando grande parte nas riquezas que lhe ficaram, foi-se para a corte do Imperador. Vendo, Jorge, que urdia tanta crueldade contra os cristãos, parecendo-lhe ser aquele tempo conveniente para alcançar a verdadeira salvação, distribuiu com diligência toda a riqueza que tinha aos pobres.

O imperador Diocleciano tinha planos de matar todos os cristãos e no dia marcado para o senado confirmar o decreto imperial, Jorge levantou-se no meio da reunião declarando-se espantado com aquela decisão, e afirmou que os ídolos adorados nos templos pagãos eram falsos deuses.

Todos ficaram atônitos ao ouvirem estas palavras de um membro da suprema corte romana, defendendo com grande ousadia a fé em Jesus Cristo. Indagado por um cônsul sobre a origem dessa ousadia, Jorge prontamente respondeu-lhe que era por causa da Verdade. O tal cônsul, não satisfeito, quis saber: "O que é a Verdade?". Jorge respondeu-lhe: "A Verdade é meu Senhor Jesus Cristo, a quem vós perseguis, e eu sou servo de meu redentor Jesus Cristo, e Nele confiando me pus no meio de vós para dar testemunho da Verdade."


Como Jorge mantinha-se fiel ao cristianismo, o imperador tentou fazê-lo desistir da fé torturando-o de vários modos. E, após cada tortura, era levado perante o imperador, que lhe perguntava se renegaria a Jesus para adorar os ídolos. Todavia, Jorge reafirmava sua fé, tendo seu martírio aos poucos ganhado notoriedade e muitos romanos tomado as dores daquele jovem soldado, inclusive a mulher do imperador, que se converteu ao cristianismo. Finalmente, Diocleciano, não tendo êxito, mandou degolá-lo no dia 23 de abril de 303, em Nicomédia (Ásia Menor).

Os restos mortais de São Jorge foram transportados para Lida (Antiga Dióspolis), cidade em que crescera com sua mãe. Lá ele foi sepultado, e mais tarde o imperador cristão Constantino mandou erguer suntuoso oratório aberto aos fiéis, para que a devoção ao santo fosse espalhada por todo o Oriente.

Pelo século V, já havia cinco igrejas em Constantinopla dedicadas a São Jorge. Só no Egito, nos primeiros séculos após sua morte, construíram-se quatro igrejas e quarenta conventos dedicados ao mártir. Na Armênia, em Bizâncio, no Estreito de Bósforo na Grécia, São Jorge era inscrito entre os maiores santos da Igreja Católica.


Todas as vezes em que foi interrogado, sempre declarou-se servo do DEUS Vivo, mantendo seu firme posicionamento de somente a Ele temer e adorar. Em seu coração, Jorge de Capadócia discernia claramente o própósito de tudo o que lhe ocorria: “... vos hão de prender e perseguir, entregando-vos às sinagogas e aos cárceres, e conduzindo-vos à presença de reis e governadores, por causa do meu nome. Isso vos acontecerá para que deis testemunho”. (Lucas 21.12:13).

Sobre a disseminação e o culto a "São Jorge"

São Jorge tornou-se santo patrono da Inglaterra, Portugal, Geórgia, Catalunha, Lituânia, da cidade de Moscou e, extra-oficialmente, da cidade do Rio de Janeiro (título oficialmente atribuído aSão Sebastião), além de ser padroeiro dos escoteiros e do S.C Corinthians Paulista. No dia 23 de Abril comemora-se seu martírio. Ele também é lembrado no dia 3 de novembro, quando, por toda parte, se comemora a reconstrução da igreja dedicada a ele, em Lida (Israel), onde se encontram suas relíquias, erguida a mando do imperador romanoConstantino I. Há uma tradição que aponta o ano 303 como ano da sua morte.


E o dragão?

Apesar de sua história se basear basicamente em documentos lendários e apócrifos (decreto gelasiano do século VI), a devoção a São Jorge se espalhou por todo o mundo. A devoção a São Jorge pode ter também suas origens na mitologia nórdica, pela figura de Sigurd, o caçador de dragões.

Segura o quê?!

Sigurd, o caçador de dragões

(nórdico antigo: Sigurðr; também conhecido em alemão como Siegfried) é um herói lendário da mitologia nórdica e personagem central da Saga dos Volsungos*. As primeiras representações de sua lenda vêm de sete pedras rúnicas da Suécia.

Como Siegfried, é o herói do Nibelungenlied * * e das óperas Siegfried e Götterdämmerung de Richard Wagner.

Acredita-se que através do grande sincretismo religioso que ocorreu no norte da Europa durante séculos, e principalmente através do choque cultural e do sincretismo ocorrido com os povos germânicos no declínio do império romano, misturando assim mitologia com a cultura cristã, que a lenda de Sigurd se misturou a história de Jorge da Capadócia.

Depois disso, muitas outras histórias foram atribuídas a origem e a pessoa de "São Jorge", especialmente pelos trovadores e as baladas medievais. Uma delas é a história de Jorge e a Princesa Sabra


*Volsungos :

A Saga dos Volsungos é uma saga lendária islandesa do século XIII em forma de prosa, sobre a origem, auge e declínio do clã dos Volsungos (descendentes do rei Volsung).

Os eventos reais que inspiraram a narração fantasiosa da saga ocorreram na Europa Central nos séculos V e VI dC, mas o único manuscrito medieval da obra existente atualmente data de c. 1400. Acredita-se que a versão em prosa da saga seja baseada em poemas épicos escandinavos anteriores.

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Nibelungenlied : A Canção dos Nibelungos (em alemão Das Nibelungenlied) é um poema épico escrito na Idade Média em alto alemão médio. É baseado nas mesmas antigas histórias que a Saga dos Volsungos.


São Jorge X Os Orixás

A ligação de São Jorge com a lua é algo puramente brasileiro, com forte influência da cultura africana. Tal associação se dá porque na Bahia o santo é associado a Oxossi, orixá associado à lua. No Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo e em Recife, no candomblé e na umbanda, o santo é associado a Ogum. A tradição diz que as manchas apresentadas pela lua representam o milagroso santo, seu cavalo e sua espada pronto para defender aqueles que buscam sua ajuda.

Novamente vemos a atuação do sincretismo religioso por intermédio da Igreja Católica, na ocasião da catequização dos escravos.

O que nós recorda que outrora o mesmo Jorge Anicii, da Capadócia, morrera combatendo a idolatria, os falsos deuses e guias em defesa da sua fé em Cristo Jesus, o nosso Senhor.


Mas e o dragão?

Em 494, a idolatria, romarias e petições era tamanha que a Igreja Católica o canonizou, estabelecendo cultos e rituais a serem prestados em homenagem a sua memória. Assim, confirmou-se a adoração a Jorge, até hoje largamente difundida, inclusive em grandes centros urbanos, como a cidade do Rio de Janeiro, onde desde 2002 faz-se feriado municipal na data comemorativa de sua morte. Jorge é cultuado através de imagens produzidas em esculturas, medalhas e cartazes, onde se vê um homem vestindo uma capa vermelha, montado sobre um cavalo branco, atacando um dragão com uma lança.

Ironicamente, o que motivou o martírio deste homem foi justamente sua batalha contra a adoração a ídolos.

Apesar dos engano e da cegueria espiritual das gerações seguintes, o fato é que Jorge de Capadócia obteve um testemunho reto e santo, que causou impacto e ganhou muitas almas para o SENHOR.

Por amor ao Evangelho, ele não se preocupou em preservar a sua própria vida; em seu íntimo, guardava a Palavra: “Cristo será, tanto agora como sempre, engrandecido no meu corpo, seja pela vida, seja pela morte” (Filipenses 1.20). Deste modo, cumpriu integralmente o propósito eterno para o qual havia nascido: manifestou o caráter do SENHOR e atraiu homens e mulheres para Cristo, estendendo a salvação a muitos perdidos.

O dragão (Satanás) representa a idolatria que deve ser sempre combatida, rejeitada e destruída por nós com as armas da Fé.


Jonnathan Andrade

Jesus Salva!



2 comentários:

R. S. Diniz disse...

Enquanto isso, cá estamos nós tendo que saltar da cama às cinco da manhã por causa dos fogos de artifício que celebram o dia de São Jorge, instituído por um político muito safado (que 'coincidentemente' se chamava Jorge!), e cuja celebração se dá à base de cerveja de músicas de baixo calão. Ainda bem que que eu tô em São Paulo. Odeio esse feriado.

E sobre a Igreja Católica canonizar São Jorge, é interessante observar que a maioria dos mártires que viveram durante o domínio da ICAR foram perseguidos em vida, mas depois de assassinados eram canonizados e integrados ao panteão da Igreja, como forma de fortalecer os vínculos com a fé do povo. Coisa muito muito similar, na verdade, foi feita com todo o cristianismo e as antigas crenças pagãs. E ainda há quem afirme hoje em dia que a religião é um mal em si e que manipula as pessoas; mas claro, ignoram sistematicamente os casos onde a própria religião é vítima da repressão.

Eu tinha ouvido falar que São Jorge tinha a ver com um deus celta, e que o ato de furar o dragão com uma lança era um simbolismo para o contato com energias telúricas, mas enfim...


Excelente texto!

Lucas Gesta disse...

Na verdade o dragão era a sogra de Diocleciano que lhe presenteou com um cavalo branco quando Napoleão perdeu a guerra dos 100 anos..
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Muito bom o texto, de qual fonte você o tirou?
Meu aprendiz de historiador, vou lhe pedir um favor, entra no meu blog e clique em "seguir" no botãozinho à direita, pra vc ser seguidor beleza?
vlw, fik na Paz!!!